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Laboratório japonês desenvolve tratamento com células-tronco para doenças de Parkinson

  • Foto do escritor: graficoacelera2
    graficoacelera2
  • 13 de ago.
  • 2 min de leitura

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A Sumitomo Pharma, em parceria com a Universidade de Quioto, solicitou autorização no Japão para comercializar um tratamento inovador contra o Parkinson, baseado no transplante de células-tronco no cérebro. A proposta surge após resultados promissores de um ensaio clínico.



O tratamento utiliza células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), criadas a partir de células adultas reprogramadas para um estado semelhante ao embrionário, capazes de se transformar em qualquer tipo celular. No caso do Parkinson, elas são convertidas em neurônios produtores de dopamina, cuja deficiência está diretamente ligada aos sintomas da doença. Por não envolver embriões, essa abordagem evita controvérsias éticas e facilita sua aplicação clínica.



O estudo envolveu sete pacientes, entre 50 e 69 anos, que receberam de cinco a dez milhões dessas células implantadas em ambos os lados do cérebro. As células, oriundas de doadores saudáveis, foram transformadas em precursores de neurônios dopaminérgicos. Após dois anos de acompanhamento, não houve efeitos adversos graves e quatro pacientes apresentaram melhora significativa nos sintomas motores. Os resultados foram publicados na revista Nature.



O Parkinson é uma doença neurológica crônica e degenerativa, marcada por tremores, rigidez muscular e lentidão nos movimentos. Afeta mais de 10 milhões de pessoas no mundo e, junto com o Alzheimer, é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns. Os tratamentos atuais apenas aliviam os sintomas, sem impedir a progressão da enfermidade.



Nesse cenário, a terapia com células iPS surge como um possível divisor de águas, oferecendo não só alívio dos sintomas, mas também a chance de restaurar funções neurológicas perdidas. Além do pedido no Japão, a empresa conduz um ensaio clínico semelhante nos EUA, ampliando as chances de validação internacional da terapia.



Se aprovado, será um dos primeiros tratamentos com células-tronco iPS disponíveis para uma doença neurodegenerativa, abrindo caminho para novas abordagens em outras condições cerebrais. O sucesso inicial do estudo japonês oferece uma esperança concreta para milhões de pacientes, com potencial para transformar o tratamento dessas doenças ao promover a regeneração de funções cerebrais — e não apenas o alívio temporário dos sintomas.

 
 
 

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