Nova política nacional contra o HPV reforça a prevenção contra o câncer de cabeça e de pescoço

O vírus, além de causar câncer do colo do útero, está cada vez mais associado ao aumento de casos de câncer de cabeça e pescoço, especialmente entre jovens sexualmente ativos.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 53,6% dos jovens entre 16 e 25 anos têm algum subtipo de HPV, e 38,4% apresentam genótipos de alto risco.

A nova política prevê:

* Vacinação ampliada para meninas e meninos;

* Campanhas educativas;

* Melhor acesso ao diagnóstico precoce;

* Tratamento ambulatorial acessível;

* Incentivo à notificação e à pesquisa científica.

A proposta busca reduzir os impactos de cânceres evitáveis, como os de colo do útero, pênis, canal anal e orofaringe.

Julho Verde reforçou alerta — e a mensagem segue válida em agosto:

Embora o Julho Verde, mês nacional de conscientização sobre os cânceres de cabeça e pescoço, tenha terminado, a mensagem permanece atual. A 9ª Campanha Nacional de Prevenção, com o tema “Da boca aos pulmões: inspire prevenção, expire saúde”, reforçou que informação e prevenção são as maiores aliadas na luta contra o câncer.

Os sinais de alerta — como feridas na boca que não cicatrizam por mais de 15 dias, rouquidão persistente e dificuldade para engolir — não devem ser ignorados. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura e reduz as sequelas dos tratamentos.

Além do HPV, tabagismo, consumo excessivo de álcool e exposição solar sem proteção continuam sendo fatores de risco relevantes. Nos casos avançados, a doença pode evoluir para metástases pulmonares, tornando o tratamento mais complexo.

A prevenção é uma responsabilidade coletiva. É essencial vacinar adolescentes, promover educação em saúde, capacitar profissionais da atenção básica e garantir acesso ao diagnóstico e tratamento adequado.

Mesmo fora do mês oficial da campanha, o alerta continua: falar sobre HPV e câncer deve ser uma prioridade o ano todo. Informação e prevenção salvam vidas.